Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello é nomeado para novo cargo no governo Bolsonaro 222m1h
(Foto:Reprodução) – Pazuello foi demitido em meio a críticas à gestão do governo na pandemia. General da ativa, ele é alvo de apuração do Exército por participar de ato em apoio a Bolsonaro.
O “Diário Oficial da União” publicou nesta terça-feira (1º), em edição extra, a nomeação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello como secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
A volta de Pazuello ao governo ocorre dois meses e meio após sua demissão do cargo de ministro da Saúde. Na sequência, Pazuello, que é general da ativa, voltou ao Exército.
A nomeação também ocorre após a abertura de uma apuração, pelo Exército, da participação de Pazuello em ato político de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, o que é vedado por regulamento militar.
Assuntos estratégicos
A portaria com a nomeação foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. Pazuello ficará subordinado no novo cargo ao almirante Flávio Rocha, atual secretário de Assuntos Estratégicos do governo. A SAE funciona no Palácio do Planalto.
Pazuello foi demitido do cargo de ministro da Saúde em março deste ano, após quase um ano à frente da pasta.
A gestão dele foi marcada por apoio ao uso da cloroquina, crise de abastecimento de medicamentos e oxigênio e recorde de mortes pela Covid-19 no país.
O militar foi o terceiro dos quatro ministros da Saúde nomeados pelo presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia do novo coronavírus, iniciada em 2020. O general não tinha experiência prévia em saúde pública quando assumiu o ministério.
Pazuello foi substituído pelo atual ministro da Saúde, o médico Marcelo Queiroga. Bolsonaro sempre elogiou o trabalho do general como ministro e discutia, desde março, nomeá-lo para um cargo no Palácio do Planalto, o que se confirmou nesta terça.
Ato com Bolsonaro
Na semana ada, o Exército decidiu abrir procedimento disciplinar após Pazuello participar, ao lado de Bolsonaro, de um ato pró-governo, no Rio de Janeiro, o que é proibido pelas normas que regem as carreiras dos militares.
Pazuello pode ser punido pela participação no ato. O general, na sua defesa, disse que não participou de um ato político-partidário no Rio de Janeiro. O Exército ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
O ex-ministro também foi alvo de críticas ao depor na I da Covid. Ele foi acusado por senadores de mentir ou entrar em contradição em temas como atraso na compra de vacinas de diferentes laboratórios e recomendação do governo para o uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, medicamento cuja ineficácia é comprovada pela ciência.
A reconvocação de Pazuello para um novo depoimento na I foi aprovada por senadores membros da comissão na semana ada.
Por Guilherme Mazui, G1 — Brasília
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