Madeiras apreendidas pelo IBAMA são destruídas pelo fogo em `Óbidos 573p2b

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O Incêndio criminoso já dura mais de 24 horas em Óbidos

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Foto Mauro Pantoja – ASCOM/PMO

(Foto Mauro Pantoja – ASCOM/PMO) -Já dura mais de 24 horas o combate a um incêndio no pátio do antigo Matadouro Municipal de Óbidos, no oeste paraense. No local, estavam sendo armazenadas toras de madeira ilegal que foram apreendidas no município. Até o momento, mais de mil metros cúbicos foram destruídas pelas chamas. Na tarde de hoje (28), as equipes de trabalho voltaram a intensificar as ações para controlar o fogo na área. Aproximadamente 15 homens estão no local trabalhando com auxílio de carros pipas, caçambas e tratores.

Como o município não possui uma brigada do Corpo de Bombeiros, servidores da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Agricultura foram chamados para realizar o trabalho. Sem os equipamentos adequados, pouco pôde ser feito para apagar as chamas, que têm mais de três metros de altura.

De acordo com testemunhas, o incêndio teria sido provocado por duas pessoas não identificadas, no início da tarde de domingo (27). Segundo o vigia do local, o fogo teve início ao lado de fora do terreno, onde havia um acúmulo de lixo. Como a vegetação está muito seca, rapidamente as toras que estavam armazenadas na área ao lado foram atingidas.

“Por volta de 12h50 de domingo, nós fomos informados pelo secretário de agricultura [Celson Rodrigues], que estaria pegando fogo na madeira que nós temos acondicionada aqui no pátio do antigo matadouro. Quando chegamos ao local, um dos lotes de Ipê que ficava próximo à cerca já estava sendo consumido pelas chamas, que rapidamente se alastrou para os outros lotes que estavam no pátio. O forte vendo no local colaborou para que o incêndio ganhasse grandes proporções”, relatou Ednildo Queiroz, secretário municipal de Meio Ambiente.

O trabalho na área visa também a preservação do preio matadouro, que está a poucos metros das toras em chamas. Segundo os servidores, não há risco de o prédio ser atingido.

“Mesmo com todas as dificuldades, nós conseguimos ainda preservar um lote e, desde o domingo, estamos trabalhando incansavelmente para salvar o que o fogo não consumiu. Estamos empurrando com tratores as toras que não foram queimadas, fazendo barricadas com terra, limpando a vegetação para que o fogo não se propague ainda mais, além de molhar a madeira que está intacta, já que o vento no local é muito forte e há o risco de fagulhas iniciarem um novo incêndio”, relatou Ednildo.

De acordo com levantamento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, foram consumidas pelo fogo toras de Ipê, Maçaranduba, Fava, Cupiúba e Angelim, totalizando mais de 3 milhões de reais em prejuízos. “Parte dessa madeira ainda estava com o processo judicial em andamento, mas a maioria já estava em processo de doação para o município e seriam utilizadas para a construção de pontes e escolas na região do interior”, disse o titular.

AÇÃO

Um relatório produzido pela Semma será encaminhado ao Ministério Público, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Polícia Civil e Polícia Militar.

Na manhã desta segunda-feira (28), a Semma de Óbidos solicitou apoio do Ibama Santarém para auxiliar no trabalho de combate ao fogo, mas até o início da tarde, a ajuda não foi encaminhada. Representantes do órgão ambiental aguardam a chegada do delegado de Polícia Civil de Óbidos, que está viajando a trabalho, para registrar o Boletim de Ocorrência (B.O).
Por ORM Jornal folha do Progresso
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